O modo como o homem Cro-Magnon olhava para o fogo é diferente de como o físico olha hoje para o fogo. A percepção é diferente e para isto o cérebro também é diferente no observador. Ele evoluiu junto com a percepção. O neo-córtex cerebral presente nos seres humanos atuais, permitiu avaliar, comparar, compreender, desenvolver modelos, facilitando a interação com o até então desconhecido. O cérebro não se desenvolveu por si mesmo, mas seguindo a representação de mundo que existia na mente. No momento você possui a versão mais recente da interface porque está participando da mais recente “representação do mundo” a que os humanos chegaram.
O que podemos observar hoje com o nosso cérebro está limitado à nossa capacidade de compreensão, porém constantemente expandindo e conhecendo mais. Na esteira da evolução, forçamos o cérebro modificar-se e ele nos instiga a conhecer mais. Graças ao seu neo-córtex, por exemplo, você pode desfrutar da música de Bach, mas provavelmente seria um ruído desordenado para um chimpanzé. Para chegar até aqui o cérebro não é todo neo-córtex, ele começou de forma diferente e a primeira estrutura, e que podemos chamar de proto-cérebro foi o cérebro reptiliano, com funções básicas de sobrevivência. Suas decisões elementares eram lutar ou fugir. Mas o cérebro reptiliano não foi absorvido, ele ainda está aí presente dentro de você. Na coluna vertebral, quando ela finaliza dentro da cabeça está presente esta estrutura primitiva. Muitas vezes é ele que entra em ação e um exemplo bem simples é quando vê encosta em uma chapa quente! Não dá tempo de pensar, ele age de forma instantânea removendo a parte afetada pelo calor. Outro exemplo? Quando você escorrega e instantaneamente suas mãos procuram apoio para amortecer. A estrutura do neo-córtex não veio logo depois do reptiliano, antes apareceu uma outra grande estrutura cerebral para resolver certas questões de percepção do mundo, o cérebro límbico. Estas questões estão relacionadas às emoções, e lutar ou fugir já não eram mais suficientes. Era preciso reconhecer os indivíduos da mesma espécie sem pensar em comida e também ter relações coletivas entre estes indivíduos. O cérebro límbico permitiu a socialização das espécies e isto ajudou na sobrevivência. No ser humano, ele é responsável pelo amor, raiva, medo, coragem, confiança, tristeza, alegria, felicidade, histeria, depressão, paz, gratidão … e todas as emoções que você conseguir pensar. Finalmente ele apareceu, o córtex cerebral, a última camada (córtex = camada ou capa). Ela é responsável pela inteligência e está presente somente em sua espécie, ou seja, em você, em mim, em todos os seres humanos. Ela recobre o cérebro límbico que por sua vez recobre o cérebro reptiliano. Como um bolo de 3 camadas, o cérebro não aconteceu de maneira instantânea, ele é verdadeiramente um puxadinho evolutivo. O cérebro intelectual (córtex) nos permite fazer tudo relacionado à inteligência humana. E tem mais, a parte frontal do córtex, também conhecida como córtex frontal, é a região “mais cara” do cérebro. Nesta região é o que nos permite: medir, comparar, calcular, projetar, desenvolver, arquitetar, etc., ou seja fazer as coisas acontecerem. Então vai uma dica para você! Deixe esta região livre de pensamentos, vazia, não armazene nada alí!. Pratique o pensou anota! Transfira tudo para uma lista e acompanhe diariamente. Esvaziando o córtex frontal, você alivia a mente e ficará mais criativo, pois “tem mais tempo” para pensar em outras coisas. Entender de onde veio e como é estruturado o nosso cérebro (reptiliano - límbico - neocórtex), ajuda a compreender e melhorar a sua performance.
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Sivio FreeMinderSou formado em engenharia e empreendedor nas áreas de Tecnologia da Informação, Turismo de Aventura e Reflorestamento Social. Além disso, atuo em iniciativas de preservação ambiental. Também sou professor e mentor no método Be a FreeMinder® e atuo como coach e professor no método Free Mind On The Clouds. Histórico
Outubro 2024
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